Varejo recua 0,1% em abril com impacto de inflação, juros altos e inadimplência

22 de maio de 2025
Correio Braziliense

A atividade do comércio varejista físico no Brasil registrou uma leve retração de 0,1% em abril, na comparação com março. Divulgado nesta terça-feira (21/5) pelo Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, o dado reflete os efeitos persistentes do atual contexto macroeconômico, marcado por inflação elevada, juros altos e alta inadimplência.

De acordo com a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, esses fatores continuam a pressionar negativamente o poder de compra das famílias brasileiras. “Essa ligeira queda reflete os efeitos persistentes da inflação e dos juros elevados, que continuam a impactar negativamente o poder de compra da população”, explicou.

A especialista também destaca o peso da inadimplência sobre o comportamento dos consumidores. “Uma parcela significativa da população permanece inadimplente, o que compromete a renda disponível e faz com que os consumidores priorizem o pagamento de dívidas, em detrimento de novas compras”, completou.

Setores em alta e baixa

Apesar do recuo no indicador geral, quatro setores da economia apresentaram crescimento no mês de abril: Material de Construção (0,8%), Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática (0,7%), Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas (0,6%) e Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios (0,2%).

Na contramão, os setores de Veículos, Motos e Peças e Combustíveis e Lubrificantes tiveram as maiores quedas no mês, com recuos de 2,5% e 1,6%, respectivamente. A retração nesses segmentos pode estar relacionada à sensibilidade do consumidor a produtos de maior valor agregado ou sensíveis ao preço, especialmente em um cenário de restrição ao crédito.

Na comparação com abril de 2024, a atividade do comércio físico avançou 4,4%. O destaque ficou novamente com o setor de Material de Construção, que cresceu 8,0% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Também registraram aumento expressivo os segmentos de Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios (5,3%), Veículos, Motos e Peças (5,0%), Combustíveis e Lubrificantes (4,5%) e Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática (4,4%). Já Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas teve uma alta mais modesta, de 2,9%.

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